Em um banco de provas podem ser utilizados diferentes tipos de dinamômetro segundo a aplicação. Em ocasiões o usuário possui diferentes alternativas quanto à tecnologia que pode empregar. Neste artigo comparamos estas alternativas para ajudá-los a decidir que tipo de dinamômetro se adapta melhor à sua aplicação.
Segundo a tecnologia
Dinamômetros Hidráulicos
Vantagens |
Desvantagens |
- Menor Custo |
- Baixo torque de frenagem em baixas RPM |
- Tamanho reduzido mesmo para potências elevadas |
- Infraestrutura custosa (bombas, tanques de água, torre de resfriamento) |
- Baixa Inércia |
- O elemento de resfriamento (água) intervém também na frenagem gerando um compromisso entre torque de frenagem e potência dissipada. |
- Permite realizar ensaios com carga estabilizada por tempo indefinido (limitado apenas pela capacidade de dissipação de calor da torre de resfriamento) |
- Faixa de trabalho reduzida (relacionado com o ponto anterior). Um mesmo dinamômetro pode ser regulado para trabalhar em baixas RPM com alto torque ou para altas RPM com baixo torque, mas não ambas |
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- Como todos os dinamômetros de motores, é necessário retirar o motor do veículo para testá-lo |
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- Desgaste elevado devido à cavitação e turbulências. Manutenção mais frequente |
Dinamômetros Elétricos de Correntes Parasitas (Eddy)
Vantagens |
Desvantagens |
- Alto torque de frenagem mesmo em RPM muito baixas |
- Maior Custo |
- Alta precisão no controle mesmo em faixas muito distintas de torque e RPM |
- Maior inércia |
- O controle da frenagem é independente da refrigeração (exceto em dinamômetros refrigerados a ar) |
- Em dinamômetros refrigerados a água é necessária uma instalação de refrigeração (bombas, tanques, torre de resfriamento) embora ligeiramente mais simples que para um dinamômetro hidráulico |
- Permite um controle automático preciso |
- Em dinamômetros refrigerados a ar, a frenagem em plena potência só pode ser feita por um tempo curto, passando depois a um regime de potência 1/3 menor que depende da capacidade de dissipação do dinamômetro |
Alta durabilidade, manutenção simples e menos frequente |
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No caso dos dinamômetros refrigerados a ar não requer infraestrutura adicional |
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Dinamômetros Elétricos de AC ou DC
Vantagens |
Desvantagens |
- As mesmas vantagens que os de correntes parasitas |
- Custo Elevado |
- Menor inércia que os Eddy |
- Maior inércia que um hidráulico |
- Possibilidade de usá-los também como motor para ensaio de transmissões e outros elementos passivos |
- O controlador é muito caro |
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- Só disponíveis para potências baixas e moderadas |
Dinamômetros Inerciais
Vantagens |
Desvantagens |
- Baixo custo |
- Não pode ser ensaiado com carga estabilizada |
- Simplicidade e rapidez do ensaio |
- A carga é sempre a mesma e depende da aceleração |
- Muito repetitivo |
- Requer um bom sistema de aquisição e processamento para obter bons resultados |
- Baixa manutenção |
- Baixa exatidão já que há influência de fatores externos como atritos não medidos (rolamentos, rodagem de rodas, correntes ou correias de transmissão) e inércia de outros elementos em rotação (volante do motor, caixa, rodas) |
- Não requer infraestrutura adicional |
- Peso elevado |
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- Não é homologável se não contar com um dinamômetro acoplado |
Segundo a aplicação
Dinamômetros de motor
Vantagens |
Desvantagens |
- Mede-se apenas o motor, sem influência de outros elementos de transmissão (a menos que se incorpore algum tipo de transmissão) |
- É necessário desmontar o motor para seu ensaio, pelo que requer uma infraestrutura externa ao veículo (fornecimento de combustível, arranque, ignição, cabeamento e ECU no caso de injeção eletrônica, cabo do acelerador, sistema de refrigeração do motor) |
- Homologáveis sob normas |
- Só fornece informação do motor, o que pode ser uma desvantagem para algumas aplicações |
- Pode-se testar o motor em condições muito controladas (temperatura do líquido de arrefecimento controlada, alternador, motor de arranque e outros subsistemas desmontados) |
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Dinamômetros de Chassis
Vantagens |
Desvantagens |
- Rapidez para a montagem e desmontagem do veículo. Permite testar muitos veículos em pouco tempo ou muitas alterações em pouco tempo (rolos) |
- Muito impreciso se se deseja medir a potência do motor, já que é impossível determinar as perdas reais entre motor e rodas |
- Mede a potência efetiva que chega ao solo |
- Sem um dinamômetro acoplado é difícil de calibrar |
- Mede ao mesmo tempo motor e transmissão |
Influência dos componentes do veículo no resultado da medição (em rolos sem dinamômetro) |
- É possível estimar, embora com baixa exatidão, o desempenho da transmissão separadamente (ensaio de desaceleração) |
Custo elevado em relação a um dinamômetro de motor |
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Requer maior superfície de oficina para sua instalação |
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Maior dificuldade para insonorizar |